| 28/06/2006 18h31min
Zinedine Zidane marcou um bonito gol, Patrick Vieira foi escolhido pela Fifa como o melhor em campo, mas um dos destaques da França na vitória por 3 a 1 sobre a Espanha foi o meia-atacante Franck Ribéry. Adorado pelos torcedores, o jogador de 23 anos está na melhor fase da carreira e é considerado o sucessor de Zidane na seleção francesa.
– Estar na Copa do Mundo é um grande momento para mim, será um sonho enfrentar o Brasil. Enfrentei dificuldades na minha carreira, mas sempre tive apoio da minha família – afirmou o jogador.
Os momentos complicados na vida de Ribéry começaram ainda na infância, quando sofreu um acidente que o deixou com cicatrizes profundas no rosto. Iniciou a carreira em 2001, no Boulogne-sur-Mer, passou pelo Galatasaray, da Turquia, mas só chamou a atenção no ano passado, quando defendeu o Olympique de Marselha e foi um dos destaques do Campeonato Francês. Por ter demorado a despontar, Ribéry também foi questionado, já que antes do Mundial da Alemanha seu currículo na seleção era inexpressivo. No time sub-21, jogou 13 vezes e marcou apenas dois gols.
Aos poucos, porém, confirmou a impressão de que é um jogador diferenciado e um dos poucos da nova geração francesa com capacidade para desequilibrar uma partida. Convocado por Raymond Domenech para a Copa, disputou alguns dos amistosos de preparação e brilhou na vitória por 3 a 1 sobre a China, quando entrou nos minutos finais – o jogo estava 1 a 1 – e participou do lance dos dois últimos gols franceses.
Na Copa, teve atuações irregulares na primeira fase: foi titular diante de Suíça e Togo, e entrou no segundo tempo contra a Coréia do Sul. Porém, diante dos espanhóis, mostrou sua habilidade ao marcar o gol de empate – seu primeiro, pela seleção principal.
"Foi um momento muito especial. Quando recebi a bola de Vieira, sabia que teria de driblar Casillas para fazer o gol, mas também sabia que não poderia desperdiçar uma chance como aquela – disse.
No lance, Ribery fez o que Thierry Henry, atacante do badalado Arsenal, da Inglaterra, não conseguiu o jogo inteiro. Posicionou-se bem – Henry ficou impedido várias vezes ao longo da partida – e teve frieza para igualar o placar.
– Empatar o jogo ainda no primeiro tempo nos deu uma segurança maior contra a Espanha – comentou o meia-atacante não tem lugar assegurado no jogo contra a seleção brasileira, mas promete muito empenho se for mantido na equipe.
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