| 23/06/2006 22h26min
Eleito pela Fifa o segundo melhor jogador do mundo no ano passado, atrás apenas de Ronaldinho, o meio-campista inglês Frank Lampard anda devendo futebol. Passou em branco nos três primeiros jogos da Copa, com atuações discretas. Ele espera desencantar agora, na fase de mata-mata – neste domingo, o adversário é o Equador, em Stuttgart.
– Todos nos apontam como favoritos, mas temos que fazer valer isso desde o início. Será um jogo dificílimo. Quanto mais avançamos, mais fico empolgado, porque esses jogos decisivos são os mais gostosos de jogar – diz Lampard.
O meia evita comentar, mas uma explicação para seu baixo rendimento é o fato de ele realizar na seleção inglesa uma função mais defensiva, bem diferente da que faz no Chelsea, onde conta com o trabalho dos volantes Makelele e Essien, que lhe dão liberdade para atacar. Não é à toa que seus melhores momentos na Copa foram no primeiro tempo do jogo contra a Suécia, quando teve a proteção do cabeça-de-área Owen Hargreaves, que o permitiu chegar mais ao ataque.
No Chelsea, Lampard se destaca tanto no ataque que foi o artilheiro do time nas duas últimas temporadas, apesar da "concorrência" de centroavantes como o argentino Hernán Crespo e o marfinense Didier Drogba. Na temporada 2004/2005 foram 19 gols. Na última, Lampard se superou: fez 20 gols em 48 jogos. Foi a estrela do time bicampeão inglês e, por isso, acabou sendo nomeado o segundo melhor do mundo no ano passado.
A principal qualidade de Lampard costuma ser a regularidade – ele simplesmente quer jogar os 90 minutos de todas as partidas possíveis, seja pelo Chelsea, seja pela seleção. Não à toa, estabeleceu o recorde de partidas consecutivas por um mesmo clube no Campeonato Inglês: foram 164 jogos pelo Chelsea, entre 2001 e 2005. A seqüência foi quebrada num jogo contra o Manchester City, em dezembro do ano passado. Lampard acordou com 40 graus de febre e não tinha como jogar.
Nas Eliminatórias, Lampard foi o único jogador a atuar em todas as 10 partidas da Inglaterra. Neste domingo, o meia quer brilhar com a seleção inglesa e garantir presença nas quartas-de-final.
– Na primeira fase, não precisávamos ganhar todos os jogos. Fomos crescendo de um jogo para outro. E agora chegou a hora: se perdermos, estamos fora. Então o segredo é ter atenção o tempo todo. O Equador não pode ser subestimado – afirmou.
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