| 22/06/2006 12h21min
Traumatizada com a eliminação na primeira fase em 2002, a França enfrenta o Togo nesta sexta, no World Cup Stadium de Colônia, pelo Grupo H da Copa do Mundo, em busca da vitória e de uma combinação de resultados para avançar às oitavas. Os franceses chegam à última rodada à beira de um precipício, assim como em 2002. Na ocasião, precisavam ao menos vencer a Dinamarca para se classificar, e acabaram sendo derrotados, em um momento no qual defendiam o título conquistado em 1998, em casa.
Agora, quando todos pretendiam esquecer de forma definitiva o trauma, voltou a apresentar problemas no ataque e conseguiu marcar apenas um gol, contra a Coréia do Sul, na segunda rodada. Muito pouco para uma seleção que possui grandes astros, e que soma dois pontos na chave, contra quatro dos asiáticos e da Suíça.
Cheios de dúvidas, e criticados por grande parte da imprensa e do público francês, os jogadores da equipe terão de se desdobrar em campo para bater os togoleses, já eliminados. Isso porque o capitão Zinedine Zidane cumpre suspensão por ter recebido o segundo amarelo.
O jogo contra a Coréia do Sul, que terminou 1 a 1, pode ter sido o último do meia, que anunciou que pendurará as chuteiras logo após a Copa do Mundo, caso a França não consiga a vaga nas oitavas. Mas dar uma oportunidade ao capitão de se despedir de forma vitoriosa dos gramados é possível, porque o Togo possui uma equipe inexperiente, que disputa seu primeiro Mundial e que está envolvida em polêmicas sobre acordos de premiação, que contaram até com a intervenção da Fifa para garantir que os africanos jogariam.
No entanto, a França sabe que o principal inimigo não está nos togoleses. O técnico, Raymond Domenech, não definiu ainda um esquema tático eficiente para os "Les Bleus".
– Estamos jogando com o freio de mão puxado – assegura o meia Vieira, ao entender que a qualidade dos jogadores franceses não está sendo colocada em prática na Copa.
Para dar força ao ataque, Domenech irá alterar seu esquema. David Trezeguet, que disputou apenas três minutos no Mundial e que foi sacrificado por suas críticas ao sistema adotado, se transformou agora em solução, o homem que tentará, ao lado de Thierry Henry, fazer a diferença na frente para classificar a equipe.
Domenech voltará a escalar dois atacantes, como nos amistosos preparatórios. O resto da equipe promoverá uma mescla entre jovens promessas e jogadores consagrados. Todos em busca de evitar que o jogo de amanhã se transforme em mais um pesadelo para os franceses.
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