A Federação Catarinense de Futebol (FCF) recebeu nesta quinta, dia 9, um ofício encaminhado em nome da presidência do Avaí. No documento, estavam listados alguns itens de descontentamento da direção azurra em relação à atuação da arbitragem no Catarinense.

Como o ofício não tinha assinatura legível e, como o signatário foi nomeado "por procuração" e a dita procuração não estava anexa ao documento, a FCF respondeu em ofício indicando a impropriedade, e o documento foi devolvido ao destinatário. A entidade espera, agora, por um novo contato.

O presidente da Comissão de Arbitragem da FCF, José Carlos Bezerra, preferiu não se manifestar com relação às críticas da direção do Avaí às arbitragens no Catarinense antes de conversar com os árbitros. Na noite desta quinta, houve uma reunião da arbitragem na sede da FCF, em Balneário Camboriú. O objetivo foi avaliar o desempenho dos árbitros no Catarinense.

É a quinta reunião realizada neste ano e, desta vez, o encontro serviu para um "puxar as orelhas", para "lavar a roupa suja" e para "aparar arestas", já com vistas à próxima fase da competição.

No Joinville, a outra parte diretamente relacionada com as reclamações do Avaí, a postura do clube da Capital foi recebida com estranheza. Para o vice-presidente de futebol do JEC, Nereu Martinelli, não faz sentido o Avaí questionar a atuação da arbitragem após o final da partida. Segundo ele, o clube deveria ter se posicionado desde o momento do sorteio dos nomes dos árbitros.

– No jogo com o Metropolitano, o juiz marcou um pênalti contra o Joinville que não houve e era uma partida que poderia ter nos desclassificado. Mas nós não reclamamos – lembra Martinelli.

A direção do Figueirense segue o mesmo caminho. Os dirigentes preferiram não comentar a atitude do Avaí. Com relação aos erros de arbitragem, a direção do clube afirma que espera que sejam apenas erros e garante que confia na arbitragem de Santa Catarina, sem nenhum "pré-julgamento".

DIÁRIO CATARINENSE