| 18/02/2002 13h36min
A Fundação de Economia e Estatística (FEE) divulgou na nesta segunda-feira, dia 18, dados sobre a diferença entre os salários pagos para mulheres e homens na economia gaúcha com dados comparativos dos anos de 1994 e 2000. O estudo verificou mudanças favoráveis às mulheres no que diz respeito à média salarial e à participação no mercado de trabalho.
O rendimento médio real no Rio Grande do Sul recuou 3,9% entre 1994 e 2000. Enquanto o dos homens caiu 4,8%, o das mulhres teve uma redução menor, de 1,4%. Tal espectro diminuiu a diferença salarial entre os sexos; em 1994, os homens tinham um rendimento médio real de 29,8% superior ao das mulheres, em 2000, este índice ficou em 25,4%.
Em reais, esses números se apresentam de outra forma. Em 1994, as mulheres recebiam, em média, R$ 192,69 a menos do que os homens no Estado. Em 2000, no comparativo entre os valores médios pagos para cada sexo, a diferença caiu para R$ 161,57.
Com o ingresso de 80,8 mil mulheres trabalhando com carteira assinada no Estado entre 1994 e 2000, a participação das mulheres no número de empregos formais também aumentou – passou de 39,8% para 41,7% no período. Neste período, o Estado registrou um crescimento de 6,1% na mão-de-obra com carteira assinada, dentro desse universo, o número de mulheres empregadas cresceu 11,4%.
Há uma diferença salarial muito grande ainda na indústria de transformação entre os dois sexos, de mais de 60%. No comércio, os homens ganham em média 20% a mais do que as mulheres. A diferença no setor de serviços fica em 28% a favor dos homens. Já na administração pública, os salários dos servidores masculinos supera em 23% o das servidoras.
A socióloga da FEE, Maria Isabel Herz, aponta o melhor nível de escolaridade feminina como um dos fatores que permitiram a mudança. Para ela, ao ingressarem no mercado de trabalho, as mulheres têm de estar mais preparadas do que os homens, porém ressalta que "mais espaço ainda não significa melhores rendimentos".
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