| 03/11/2005 13h03min
A campanha de vacinação compulsória da Secretaria de Agricultura do Rio de Janeiro, que começou hoje, e vai até o dia 30 de novembro, vai imunizar contra a febre aftosa os bois e vacas criados em terrenos baldios ou amarrados por cordas próximo a estradas do Estado. A expectativa, segundo o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, é vacinar cerca de 40 mil animais no entorno da região metropolitana, o que representa 2% do gado cadastrado no Rio, que soma 2 milhões de cabeças.
– A vacinação do gado criado à solta tem o objetivo de garantir a tranqüilidade sanitária do estado, já que desde 1997 nenhum foco de febre aftosa é detectado no Rio de Janeiro. Acontece que esses animais vivem muito perto de lixões e vazadouros de detritos e acabam se expondo ao risco de contaminação, pois, o vírus da aftosa sobrevive por bastante tempo. Se no meio do lixo houver uma carcaça de animal contaminado, a chance de o gado não vacinado contrair a doença é muito grande – explicou Áureo.
O secretário lembrou que a vacinação contra a aftosa é de responsabilidade do proprietário do gado, mas o Estado realiza campanhas duas vezes por ano (março e setembro) para garantir a imunização de todo o rebanho. Segundo Áureo, neste ano, por causa dos focos da doença encontrados em Mato Grosso do Sul e Paraná, a vacinação no Rio de Janeiro foi estendida até o final de novembro, sem a aplicação de multas ao produtor que deixou de vacinar o rebanho nos meses determinados.
O Rio de Janeiro produz cerca de 110 mil toneladas de carne bovina por ano e importa 380 mil toneladas. O consumo anual no estado chega a 490 mil toneladas.
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