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A agência de classificação de risco Fitch disse que as perdas do sistema bancário argentino poderão ser superiores a cinqüenta bilhões de pesos, soma equivalente a cerca de 18% do Produto Interno Bruto (PIB) do país no ano passado. Essa estimativa foi baseada em "premissas que poderão se mostrar subavaliadas", ou seja, a cifra poderá ser mais elevada.
Embora ainda seja difícil obter números precisos, as estimativas dos custos da pesificação assimétrica dos balanços do sistema bancário, exacerbada pela desvalorização do peso e pelo custo do provável crescimento dos ativos não-produtivos começam a dar uma idéia da proporção das perdas potenciais que precisariam ser absorvidas pela recapitalização do sistema bancário argentino. Essa é a avaliação da Fitch. Para a agência, o plano do governo argentino de recapitalizar os bancos por meio de emissões de bônus enfrentará sérios obstáculos.
Como comparação, a Fitch citou o caso do México, onde a recapitalização do sistema bancário foi alcançada com um custo de cerca de 20% do PIB do país num período entre seis e sete anos. Além disso, segundo a Fitch, o ritmo do processo de reconstrução do sistema bancário na Argentina vai depender da confiança dos depositantes que, pela segunda vez em duas décadas, viram as suas economias efetivamente serem confiscadas.
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