A guerra contra a aftosa já começou na divisa entre Santa Catarina e Paraná. Quem antes passava tranqüilamente pelos limites dos dois estados, agora passa por procedimentos semelhantes ao de combate a terroristas. Na barreira da SC-468, em São Lourenço D'Oeste, 12 pessoas entre veterinários, policiais e auxiliares trabalham no controle dos veículos que entram no Estado.

Eles revistam caminhões e carros de passeio, desinfetando todos com três pulverizadores, utilizando uma solução a base de iodo. O objetivo é evitar a entrada do vírus da aftosa em Santa Catarina, único estado do Brasil livre da doença e sem vacinação. Na América do Sul somente o Chile tem condição semelhante.

Entre 1,2 mil e 1,3 mil veículos por dia são desinfetados somente na barreira de São Lourenço D'Oeste. A estimativa é de que 600 a 700 quilos de produtos são inutilizados por dia. Os fiscais passam iodo nos produtos e depois enterram numa valeta próxima a rodovia.

Equipes volantes percorrem acessos para o Paraná

Além dos pontos fixos, há ainda a distribuição de equipes volantes que percorrem os acessos secundários do Paraná para Santa Catarina. De acordo com a Polícia Militar há denúncia dos moradores da passagem de bovinos.

A Cidasc já abateu 64 bovinos sem documentação de origem em Xanxerê. Além disso foram apreendidos outros cinco bovinos na região de Porto União, no domingo.