| 19/10/2005 02h15min
ITAJAÍ - Os efeitos da febre aftosa refletem parcialmente na economia do principal corredor exportador de Santa Catarina. Alguns empresários sofrem com quase metade da produção estocada nos terminais de cargas frigorificadas e não vêem data para o fim da paralisação nos serviços. Outros, no entanto, garantem que pouca coisa mudou nas áreas de armazenagem, os chamados portos secos.
No terminal de embarque do porto privado da Braskarne, um navio com destino à Rússia passou a terça-feira sendo carregado. Hoje, a embarcação parte levando a carne brasileira. A quantidade não foi especificada pela empresa. O proprietário da Brasfrigo, Odilon Fehlauer, afirma amargar prejuízos. Segundo ele, pelo menos 40% dos congelados permanecem estocados, esperando serem exportados.
- A movimentação parou assim que foram confirmados os focos da febre aftosa no Mato Grosso do Sul - destaca.
O problema não chegou a atingir a Arfrio. De acordo com o gerente da
unidade, Rogério Borsa, a Rússia -
principal comprador de carne nacional - só não está recebendo o produto de origem bovina e suína do Mato Grosso do Sul.
- Temos toda a mercadoria de outros grandes produtores como São Paulo, Mato Grosso e Goiás - afirma.
A empresa Link Sul, que fornece contêineres vazios, também não reclama do movimento. O supervisor do terminal, Flávius Quintana, comenta que não houve reflexos do problema na estrutura da companhia.
O movimento de guindastes no pátio do terminal privado da Braskarne foi o indicativo mais claro de que deve demorar para que toda a confusão em torno da descoberta do foco da aftosa afete Santa Catarina. Durante todo o dia de ontem, o navio Vasilis foi carregado com carne congelada com destino à Rússia.
( ricardo.ruas@santa.com.br
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