| 25/09/2005 21h57min
O deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), responsável pelas investigações sobre as movimentações e as operações financeiras de Marcos Valério Fernandes de Souza, diz que não será fácil descobrir tão rapidamente a origem dos recursos do chamado valerioduto. Sub-relator do assunto na CPI dos Correios, o parlamentar afirmou que o empresário montou uma grande teia com menos rastros do que se imagina.
– Só um ingênuo pode esperar uma conexão direta, ou seja, que o dinheiro dos Correios entre na conta do Valério, seja carimbado e vá para o PT. É ingenuidade achar que o dinheiro vai aparecer identificado – disse Fruet.
Mas o deputado diz haver elementos mais que suficientes para incriminar Valério. Fruet apresentou números sobre as operações de Marcos Valério no governo Lula. Segundo ele, foram 40 mil movimentações bancárias, envolvendo cerca de R$ 3 bilhões em 75 contas correntes:
Conforme Fruet, a investigação vai demorar mais do que se imagina.
– Vamos levar entre 15 a 30 dias para rastrear todos os cheques e ver se chegamos ao empréstimo – explicou.
Segundo Fruet, um dos complicadores para chegar à origem do dinheiro é o volume movimentado e o desconhecimento de muitas pessoas que sacaram.
– É preciso quebrar o sigilo dos que sacaram. São desconhecidos. Tem uma pensionista que sacou R$ 1 milhão. Seguramente são laranjas – disse.
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