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Os resultados da pesquisa encomendada ao Ibope pelo diretório estadual do PT, que poderão definir a realização de prévias para a disputa ao Piratini, não serão divulgados ao público. A decisão do partido foi oficializada nesta terça-feira, 15 de janeiro, pela direção do PT, um dia depois de o governador Olívio Dutra anunciar que está disposto a concorrer à reeleição. A executiva estadual desautorizou qualquer militante a divulgar os resultados da pesquisa.
Por se tratar de um levantamento para uso interno, o PT não registrou a pesquisa na Justiça Eleitoral. A lei exige que a partir de janeiro só sejam divulgadas pesquisas registradas nos tribunais eleitorais.
No encontro do próximo sábado, dia 19, serão debatidos os rumos da sucessão estadual. Além de realizar um balanço das políticas de governo e definir as datas limite para a inscrição dos candidatos a deputado estadual e federal, o assunto principal deverá ser o confronto entre Tarso Genro e Olívio Dutra. A escolha de um nome de consenso para a disputa ao governo do Estado deve gerar alguns desgastes internos no PT gaúcho. O secretário-geral do diretório, Chico Vicente, não aposta numa transição fácil.
– O consenso só poderá acontecer em torno de um fato: a desistência de um dos dois candidatos – opina o secretário-geral do diretório.
Correntes que apóiam o prefeito Tarso Genro insistiram para que ele se mantenha na disputa, independentemente do resultado da pesquisa. O prefeito reafirmou, porém, que só será candidato se tiver certeza de que tem mais chances do que Olívio de vencer a eleição.
Estimulados pelo anúncio de Olívio de que pretende concorrer à reeleição, dois secretários estaduais defenderam ontem o nome do governador como candidato de consenso: Lucia Camini, da Educação, e Antônio Marangon, da Reforma Agrária. Falando em nome da corrente Articulação de Esquerda – a mesma de Marangon –, Camini disse que a candidatura de Olívio significa “a continuidade de um projeto firme, corajoso e decidido de governar”.
Na tarde desta terça-feira, dia 15, em entrevista ao programa Gaúcha Repórter, da Rádio Gaúcha, Olívio foi categórico ao admitir que considera dispensável a realização de prévias.
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