| 09/09/2005 21h06min
O analista Thiago Queiroz, do BES Investimento, calcula que o aumento real de preços da Petrobras anunciado hoje foi de 16,4% para a gasolina e de 14,7% para o diesel. A estatal divulgou no final desta tarde um aumento de 10% e 12% respectivamente nos preços, mas os valores são descontados dos impostos pagos pelas refinarias na compra dos combustíveis, como Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide), PIS e Cofins.
Queiroz também estima que o aumento de preços nas bombas, para o consumidor, será de 5% para a gasolina e de 9% para o diesel. O impacto sobre a gasolina é menor porque o reajuste não incide sobre a Cide, cujo valor é fixo, e portanto fica diluído. Além disso, a gasolina vendida nos postos conta com uma mistura de 25% de álcool anidro.
Com o aumento de preços divulgado nesta sexta, a Petrobras continua com defasagem em relação aos valores cobrados no Golfo do México. A empresa usa como referência uma cesta de petróleo com diferentes preços, que não são detalhados.
– Os preços no Golfo aumentaram mais de 90% em agosto em função da passagem do furacão Katrina. Por isso, um reajuste como o de hoje anunciado pela Petrobras não significa muita coisa. No entanto, é um aumento positivo para a empresa, embora seu impacto provavelmente seja sentido apenas nos resultados do quarto trimestre – avaliou o especialista.
O BES Investimento estima que o impacto do aumento de preços sobre a inflação (Índice de Preços do Consumidor Amplo) será de 0,19 ponto percentual sobre a estimativa inicial de 4,9% no ano.
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