| 25/08/2005 11h48min
O economista Paul Krugman, da Universidade de Princeton (EUA), disse hoje que um eventual corte nas taxas de juros do Brasil não faria com que investidores se preocupassem com o risco de hiperinflação. Segundo ele, é inexplicável a manutenção do atual patamar dos juros no país, de 19,75%.
– A economia brasileira tem tido um crescimento bom, mas não espetacular. O crescimento não precisa ser restringido, atualmente, para evitar a inflação. A taxa atual é altíssima. É difícil entender o porquê de isso ser necessário – avaliou, ao participar do 2º Congresso Internacional de Derivativos e Mercado Financeiro, promovido pela Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), em Campos do Jordão.
Segundo ele, houve, no passado, uma aceleração da inflação e esse risco não é imaginário. Porém, em sua avaliação, o risco de o país ser agressivo no corte de juros não é tão grande como era há alguns anos.
– Acho que o foco deve ser alteração agora para uma maior expansão econômica – disse.
O economista, no entanto, preferiu não opinar sobre o tamanho do corte que deveria ser feito.
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