| 24/08/2005 16h40min
O deputado e ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT-SP) reafirmou hoje, em Brasília, que não tem planos de deixar a chapa na disputa pela presidência do partido e que não acredita que seja um problema para o PT.
Pouco antes de se reunir no gabinete do líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), com o prefeito de Aracaju, Marcelo Déda, e o assessor internacional da Presidência da República Marco Aurélio Garcia, Dirceu respondeu a parte dos argumentos levantados pelo presidente do PT Tarso Genro para hesitar em participar das eleições do diretório.
– O que está sendo desenvolvido e formulado legitimamente, como prevê a democracia, pelo presidente Tarso Genro não é o programa da chapa. Foi o que eu disse ontem, eu não sou o problema da chapa. Não pode transformar minha presença ou não na chapa como se fosse o grande problema que o PT e a chapa têm. Eu não posso aceitar isso – disse.
Dirceu defendeu ainda a posição expressa mais tarde pelo deputado e secretário-geral do partido Ricardo Berzoini (PT-SP), de que o partido deve chegar a um consenso em encontros partidários.
– Acredito que o PT vai promover encontros municipais, estaduais e um encontro nacional e vai fazer uma eleição direta. Do debate político e das disputas entre as chapas, como é característico de uma democracia, vai se chegar a um consenso. O PT vai chegar a uma posição comum – defendeu Dirceu.
Após a reunião, o deputado seguiu para uma reunião com Berzoini no plenário da Câmara sem falar com a imprensa. Mercadante, Déda e Garcia devem se reunir mais tarde com o presidente do PT, Tarso Genro, para tentar encontrar uma solução para a disputa entre ele e Dirceu pelo comando do partido.
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