| 23/08/2005 19h30min
O governo da Venezuela, por meio da embaixada em Washington, exigiu que a Casa Branca condene da forma mais enérgica a sugestão de um líder conservador de que os Estados Unidos assassinem o presidente Hugo Chávez.
O pastor e líder da direita religiosa nos EUA Pat Robertson disse nesta segunda em seu programa de televisão The 700 Club que "temos a capacidade de eliminá-lo (Chávez), e acho que chegou a hora" de fazer isso.
Os comentários de Robertson, fundador da Coalizão Cristã dos Estados Unidos, foram condenados pelos departamentos de Estado e de Defesa, que disse serem a opinião de um cidadão em particular, que não representa a política do governo de Washington.
O embaixador da Venezuela nos EUA, Bernardo Álvarez, lembrando o apoio da Coalizão Cristã à candidatura presidencial de George W. Bush em 2000, disse que "Robertson foi um dos mais fortes aliados deste presidente", e "suas declarações merecem a condenação mais enérgica da Casa Branca".
– Os Estados Unidos não podem permitir que seus cidadãos utilizem seu território ou canais de radiodifusão para incitar o terrorismo no exterior e o assassinato de um presidente eleito democraticamente – disse Álvarez.
Álvarez acrescentou que a sugestão de Robertson de que o assassinato de Chávez seja feito com "operações encobertas" levanta temor em relação à segurança do presidente venezuelano.
A condenação aos comentários de Robertson também veio da oposição democrata.
– Robertson esteve próximo à Casa Branca, e é necessário que a Administração condene estes comentários. Queremos que o povo venezuelano saiba que isto não é mais que a loucura e estupidez de uma só pessoa – disse o legislador democrata por Nova York José Serrano.
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