Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU), órgão do governo federal, em contratos firmados entre 2001 e 2005 pelos Correios detectou irregularidades que podem ter provocado um prejuízo de R$ 10,7 milhões aos cofres públicos. Os contratos analisados somam R$ 4,4 bilhões e englobam áreas como obras, manutenção de equipamentos e compras.

A CGU decidiu dividir em três blocos o exame nos contratos dos Correios. Na primeira etapa da apuração, com resultados divulgados há cerca de um mês, foram analisados contratos e licitações nas áreas de aquisição de equipamentos de informática, compra e distribuição de remédios e operação da Rede Postal Aérea Noturna. Segundo a CGU, o prejuízo estimado nos acordos verificados nessa primeira etapa foi de R$ 54,6 milhões.

– Neste novo bloco de contratos analisados, a principal irregularidade verificada diz respeito a uma excessiva majoração no preço de um contrato para a construção do Centro Operacional e Administrativo (COA) de Florianópolis, que ocasionou um sobrepreço da ordem de R$ 9,2 milhões – informou a CGU.

Outro negócio analisado foi o do Correio Híbrido Postal, destinado a grandes clientes, como bancos e operadoras de cartões de crédito. A análise do projeto identificou um superfaturamento de 400% no valor do contrato.

A Controladoria analisou a compra de 1.520 cofres equipados com fechaduras eletrônicas de retardo, no valor de R$ 8,2 milhões. Nesse caso, segundo a CGU, teria ocorrido pagamento de propina a servidores da estatal.

ZERO HORA