Os fundamentos econômicos positivos e os ingressos de recursos externos levaram o dólar a fechar em queda de 1,81% nesta segunda-feira, cotado a R$ 2,329 na compra e R$ 2,331 na venda. Foi a maior queda percentual desde maio do ano passado. O EMBI+ Brasil, indicador que mede o risco-país brasileiro, terminou o dia em 395 pontos centesimais, com queda de 1,98%.

A falta de notícias novas no cenário externo e a ausência das compras do Banco Central também contribuíram em grande parte para a valorização do real, assim como o recuo dos preços do petróleo. Depois de um estresse com o cenário político no final da semana passada, a sessão de negócios foi tranqüila.

O superávit de US$ 840 milhões registrado pela balança comercial na segunda semana de agosto mostrou leve desaceleração, mas continuou a ser considerado um bom indicador dos ingressos de recursos ao país. Segundo operadores, os exportadores voltaram a se destacar na sessão desta segunda-feira.

As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam em baixa, acompanhando a tendência do dólar e do risco-país. Mereceu destaque o Boletim Focus, no qual o mercado reduziu pela 13ª semana seguida a estimativa de inflação para 2005. Os analistas diminuíram de 5,5% para 5,4% a projeção do IPCA deste ano, já bem próximo dos 5,1% da meta ajustada do Banco Central.

As informações são da Agência O Globo.