O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) admitiu hoje deixar a vice-presidência da CPI do Mensalão. Em entrevista ao programa Atualidade da Rádio Gaúcha, o parlamentar negou ter sido pressionado pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu para divulgar o documento.

– É uma relação fantasiosa. Essa é uma tentativa de responsabilizar o ex-ministro de uma coisa que não existiu. Recebi o documento pois estava atrás de informações. Sabia que havia uma lista com mais nomes, além daqueles que Valério havia divulgado – explica.

A situação do parlamentar ficou complicada depois dele ter confirmado o recebimento da lista dentro do carro do empresário. O PSDB promete entrar com um processo de quebra de decoro parlamentar contra Pimenta.

– Não tenho intimidade com Valério. Nunca o vi antes da audiência e também não conhecia os advogados. Entendi que aquela era a única oportunidade de buscar novas informações. Considero desproporcional a reação do PSDB.

Sobre o andamento dos trabalhos na comissão, Pimenta disse que continuará trabalhando na investigação dos fatos. O gaúcho disse que pode deixar a vice-presidência caso entenda estar atrapalhando.

– Eu não tratei deste assunto com as lideranças de bancada. Considero que a minha presença não ajuda ao bom andamento dos trabalhos. A minha intenção é que a investigação ocorra de maneira plena. Não haverá oposição de minha parte para uma eventual substituição – analisa.