| 10/08/2005 10h28min
A agroindústria brasileira registrou crescimento de 0,3% no primeiro semestre de 2005 em relação ao mesmo período do ano passado. A taxa é bastante inferior à média da indústria brasileira (5,0%) no semestre. O resultado abaixo da média repete o fenômeno ocorrido no ano passado, quando a indústria geral cresceu 8,3% e a agroindústria, 5,3%. Os dados divulgados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatítica (IBGE).
O resultado da agroindústria no primeiro semestre é conseqüência de uma conjuntura desfavorável provoca pela redução dos preços internacionais de algumas commodities agrícolas, aumento dos custos de produção, crédito mais seletivo e mais caro e câmbio valorizado, que inibiu uma expansão ainda maior das exportações.
Além disso, devido ao clima mais seco no centro-sul do país, algumas culturas apresentaram uma menor safra, conforme mostrou o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de junho, que prevê para este ano um volume de produção de 113,7 milhões de toneladas de grãos, inferior 4,7% à produção obtida em 2004 (119,4 milhões de toneladas). A expressiva queda do grupo dos produtos utilizados pela agricultura (-23,1%) foi a maior responsável pela baixa performance da agroindústria neste primeiro semestre do ano. Este setor foi impactado negativamente pela queda da rentabilidade agrícola e pelo aumento dos custos de produção.
Por outro lado, os setores associados à pecuária continuam se beneficiando da boa performance das exportações de carne bovina, suína e frango. Além disso, novos mercados foram conquistados, em função de crises sanitárias, como o Mal da Vaca Louca, que afetou os rebanhos dos Estados Unidos e da Europa, e da gripe aviária, que atingiu a China e importantes produtores do sudeste asiático.
As informações são da Agência O Globo.
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