| 05/08/2005 08h41min
O relator da CPI dos Correios, Osmar Serraglio (PMDB-PR), pediu ontem ao Ministério Público apuração de falso testemunho nos depoimentos da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, e do policial David Rodrigues Alves.
Se os promotores entenderem que houve falso testemunho, poderão mover ação contra os dois ou contra quem mentiu. Ambos prestaram depoimento sob juramento de falar somente a verdade. Alves, segundo maior sacador de recursos das contas da empresa de Marcos Valério de Souza (R$ 4,9 milhões), disse que ia às agências do Banco Rural, retirava os recursos e entregava ao sócio da SMP&B, Cristiano Paz, à gerente financeira Geisa Dias e a Simone.
A informação contradiz a versão apresentada na quarta-feira pela diretora da SMP&B, que afirmou não conhecer Alves. Serraglio suspeita que Simone mentiu à CPI.
No mais rápido depoimento dado à CPI, de pouco mais de três horas, Alves contou que trabalhou de janeiro a outubro de 2003 fazendo retiradas para a SMP&B em três agências do Banco Rural de Belo Horizonte a pedido de Cristiano Paz, sócio de Valério.
Alves afirmou ter ficado surpreso ao saber que Valério era dono da SMP&B.
– Até onde eu sabia, o dono era o Cristiano Paz – afirmou ele.
Alves disse que não conhece Zilmar Fernandes Silveira, sócia do publicitário Duda Mendonça. Segundo Valério, os recursos sacados por Alves eram destinados a Zilmar. O policial explicou que foi apresentado a Paz por Haroldo Bicalho, conhecido doleiro em Belo Horizonte.
As informações são da Zero Hora.
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