| 21/12/2001 15h23min
Os líderes do Partido Justicialista estão reunidos nesta sexta-feira, dia 21, com lideranças de outros partidos, economistas e empresários para chegar a um consenso sobre medidas econômicas a serem aplicadas com urgência. Entre as alternativas que poderiam ser anunciadas ainda hoje está a conversão de todas as dívidas e depósitos em dólar para peso, com posterior desvalorização. O fim do atrelamento do peso à moeda norte-americana é uma aposta de diversos analistas do mercado financeiro internacional. A paridade é fruto de um pacote do então ministro da Economia Domingo Cavallo, em 1991. Na época, o presidente era Carlos Menem. A partir de abril de 1991, com o pacote anunciado por Cavallo, pessoas e empresas contraíram dívidas em dólar.
Em sessão no Congresso realizada hoje, o senador Ramón Puerta tomou posse provisoriamente como presidente. Ele garante que deixará o cargo em, no máximo, 48 horas. A decisão sobre a escolha do novo presidente deve ocorrer na sessão marcada para as 19h deste sábado, dia 22. Puerta assumiu a presidência depois da renúncia de Fernando De la Rúa.
Hoje o risco-país argentino, que mede a confiança do mercado externo, bateu recorde histórico e chegou a 4.985 pontos básicos, uma alta de 10% em relação ao fechamento desta quinta-feira. Agências internacionais de classificação de risco apostam em uma moratória. Um eventual pedido de moratória da Argentina sobre a dívida, cujo total atinge US$ 132 bilhões, poderá ser o maior da história. O único país latino-americano a deixar de pagar os credores, recentemente, foi o Equador, em 1999. Na época, foi suspenso o pagamento relativo a US$ 6 bilhões. Rússia e Paquistão também declararam moratória nos últimos anos. O maior montante, da Rússia, chegou a US$ 18 bilhões.
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