| 01/08/2005 19h51min
O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, disse hoje que, embora os números mostrem que a economia está de certa forma "separada" das questões políticas, alguns segmentos da indústria já estariam sendo afetados pela insegurança dos consumidores.
– O consumidor, bombardeado pelo noticiário, acaba ficando reticente e postergando alguma decisão – disse Furlan, depois de participar da abertura da 24ª Feira Internacional de Vendas e Exportação de Móveis (Fenavem 2005).
Ao comentar os resultados surpreendentes da balança comercial em julho, o ministro observou também que o fato de as importações terem ficado estáveis em julho, apesar do câmbio amplamente favorável ao seu aumento, é outro indicador de acomodação da demanda interna. Tal comportamento, segundo ele, é uma indicação clara de que não existe inflação de demanda no país hoje. Para Furlan, esse dado deve ser levado em conta pelo Comitê de Política Monetária (Copom) nas próximas reuniões.
– Essa é uma variável importante (na equação das taxas de juros). Não há inflação de demanda – afirmou.
Segundo Furlan, o aumento de US$ 1 bilhão nas exportações no mês passado em relação a junho foi integralmente transferido ao saldo da balança, que saltou de US$ 4 bilhões para US$ 5 bilhões. Já o vigor inesperado das exportações, disse, deveu-se a uma recuperação de vendas em setores como o de soja e de aviões, cuja performance no primeiro semestre haviam sido muito fraco ou até negativo em relação a 2004. Além disso, acrescentou, na última semana de julho houve um forte impacto das exportações de petróleo.
As informações são da Agência O Globo.
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