A ex-secretária de Finanças da Prefeitura de Mauá, Valdirene Dardin, prometeu conversar nesta segunda com promotores de Santo André e Mauá sobre os saques  que efetuou na conta da prefeitura local, do PT. Os saques bancários de Valdirene contabilizam um valor total de R$ 230 mil.

Valdirene é aguardada para explicar os motivos dos saques pois, a atual administração de Mauá não encontrou contrapartida contábil para as quatro retiradas autorizadas pela ex-secretária entre abril de 2003 e abril de 2004. A ex-secretária não se pronunciou sobre o assunto até o momento.

Logo após o jornal Diário de São Paulo revelar os saques, no último dia 10, a ex-secretária divulgou uma nota insinuando que poderia transformar o tão falado mensalão de Brasília em um mero conto de fadas se falasse sobre irregularidades na gestão petista de Mauá. Valdirene trabalhou durante a gestão de Oswaldo Dias (1997-2004) e depois teve uma rápida passagem pela atual administração petista de Suzano.

Na nota Valdirene não esclareceu qual o destino dado aos R$ 230 mil sacados em dinheiro vivo das contas da prefeitura. Ela afirmou ainda que o então prefeito da cidade, o petista Oswaldo Dias, também teria responsabilidade para autorizar as retiradas. O ex-prefeito já afirmou que desconhece os saques e que não autorizou Valdirene a fazer retiradas em dinheiro vivo da conta da prefeitura.

Os promotores investigam Valdirene por suspeita de peculato (apropriação de dinheiro público). Contudo, o MPM  espera também que ela colabore com o inquérito que apura uma denúncia de cobrança de propina de R$ 1,8 milhão feita por integrantes do PT para financiar campanhas eleitorais em 2000 a empresários interessados em construir um shopping em Mauá.

As informações são da Agência O Globo.