| 15/12/2001 15h18min
As principais correntes do PT gaúcho já admitem que o governador Olívio Dutra não irá concorrer à reeleição em 2002, o que poderia transformar Tarso Genro em um nome de consenso. Os sinais de que Olívio poderia se afastar da disputa são de dois líderes da Democracia Socialista, a DS, principal grupo do partido. O vice-governador Miguel Rossetto e o ex-prefeito Raul Pont já admitem pleitear a vaga ou compor com Tarso. Para as demais correntes petistas, a atitude de ambos é a prova de que o governador está repensando sua candidatura. Há um entendimento de que a DS dificilmente disputaria uma prévia com Tarso. O atual prefeito de Porto Alegre reitera que só entrará na disputa se as pesquisas eleitorais mostrarem que o seu nome é o de maior viabilidade para vencer as eleições. A decisão de concorrer ao governo é delicada para Tarso, já que terá de renunciar ao cargo no dia 6 de abril (seis meses antes da eleição), com apenas um ano e três meses de mandato. Se for derrotado, não poderá retomar a função. A prefeitura passaria a ser comandada até 2004 pelo vice-prefeito João Verle.
As indefinições no PT retardam as discussões na oposição. Com exceção do PPB e do PDT, que já lançaram Celso Bernardi e José Fortunati à sucessão estadual, respectivamente, os demais partidos protelam a definição. Os dois principais nomes, o ex-governador Antônio Britto (PPS) e o presidente da Assembléia Legislativa, Sérgio Zambiasi (PTB), não devem dar resposta antes de maio. Britto quer garantir o máximo de partidos aliados ao PPS. Apesar de negar a candidatura, ele tem cumprido um intenso roteiro pelo Interior.
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