Líderes e dirigentes partidários do PMDB e do PFL estão conversando muito nestes dias. A iniciativa partiu do PFL e recebeu boa acolhida na ala do PMDB, que não participa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O objetivo da aproximação é constituir um pólo político alternativo ao tradicional embate entre PT e PSDB.

As conversas estão apenas começando, mas em breve é possível que as direções dos dois partidos realizem uma reunião conjunta em Brasília. Dela participariam nove governadores, os sete do PMDB e os dois do PFL; 22 senadores, 15 do PFL e sete do PMDB; e cerca de 93 deputados federais, 58 do PFL e cerca de 35 do PMDB. Os presidentes do PFL, Jorge Bornhausen (SC), e do PMDB, Michel Temer (SP), já estão fazendo consultas.

A iniciativa tem muitos obstáculos devido a divergências regionais, como a do prefeito do Rio, Cesar Maia, e o ex-governador do Rio Anthony Garotinho. Outro ponto de potencial conflito é a disposição de vários governadores do PMDB, como Germano Rigotto (RS) e Roberto Requião (PR), além de Garotinho, de serem candidatos ao Palácio do Planalto.

As informações são da Agência O Globo.