| 01/06/2005 16h08min
Um grupo de 220 gaúchos que participa das manifestações do Grito da Terra Brasil em Brasília quer R$ 3 bilhões do governo federal. Os recursos são para garantir mais crédito de custeio e investimento ao Programa de Apoio a Agricultura Familiar (Pronaf). No ano passado o Ministério do Desenvolvimento Agrário liberou cerca de R$ 1 bilhão para os pequenos agricultores do Rio Grande do Sul.
– Por causa da estiagem que prejudicou muito o Estado, vamos precisar de mais que o dobro de recursos do ano passado para plantar. Caso contrário, a situação dos agricultores pode piorar – explicou o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), Ezídio Pinheiro.
Eles querem também regras mais rígidas para combater o trabalho escravo no meio rural e políticas para incluir os agricultores familiares no Regime Geral da Previdência Social.
Mais de 2 mil agricultores de todos os estados do país, inclusive de movimentos sociais do México, participam da mobilização em Brasília. A expectativa da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) é que a manifestação pressione o governo a assentar mais de 400 mil famílias até o próximo ano. Para os outros Estados da federação, os manifestantes esperam mais R$ 15 bilhões em crédito do Pronaf.
– Se não houver uma linha de crédito diferenciada para a região sul vamos ter dificuldades de plantar na próxima safra – explicou o agricultor do município de Aceguá (RS), Alberico Muniz.
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