O relatório da CPI da Segurança Pública propôs nesta quarta-feira, dia 14, o indiciamento do governador Olívio Dutra e de outras 41 pessoas, entre elas o vice, Miguel Rossetto, e os secretários da Fazenda, Arno Augustin, e da Casa Civil, Flávio Koutzii. O filho do governador, Espártaco, também foi acusado pelo relator. As conclusões finais do relator Vieira da Cunha (PDT), que sugeriu a abertura de um processo por crime de responsabilidade contra o governador, foram aprovadas na comissão por 10 votos a dois. Vieira da Cunha leu as 106 páginas de seu trabalho durante cinco horas e quarenta e cinco minutos, praticamente sem interrupção. No caso do governador, a remessa da denúncia à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) poderá representar a abertura de processo de impeachment. O relatório de Vieira sugere que Olívio seja responsabilizado por crime eleitoral e indiciado por improbidade administrativa. O ex-presidente estadual do partido Júlio Quadros e os dirigentes do Clube de Seguros da Cidadania, entidade que arrecadou doações para a legenda, foram acusados de formação de quadrilha ou bando. Em dezembro, o relatório deverá ser examinado pelos 55 deputados da Assembléia. O texto segue para o plenário da Casa como projeto de resolução. Caso seja aprovado, o relator recomenda sua entrega aos Ministérios Públicos Estadual e Federal. As informações referentes a eventuais irregularidades na campanha de 1998 serão repassadas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).