O relator da CPI da Segurança Pública, deputado Vieira da Cunha (PDT), rebateu denúncias de envolvimento de deputados integrantes da comissão com o jogo do bicho. Ele lembrou o episódio da entrega de documentos pelo delegado Carlos Santana que apontariam indícios de uso de dinheiro do jogo do bicho para campanhas eleitorais. Segundo Vieira, os documentos foram encaminhados ao Ministério Público, que entendeu que os tais documentos não tinham "materialidade" para que se tomassem medidas legais. – Que tipo de interesse demoveu o delegado Carlos Santana ao selecionar, de um processo que tramitava há um ano, para tratar do jogo do bicho, para selecionar os 25 documentos e entregá-los a esta CPI? Parece, no entender deste relator, que o objetivo foi o de tentar atingir ou intimidar os deputados na ação investigativa – disparou Vieira. O relator refutou também as afirmações de que teria recebido doações de R$ 100 de pessoas ligadas ao jogo do bicho para a sua própria campanha eleitoral. Vieira juntou documentos relativos às doações de sua campanha e disse que seu fundo eleitoral sempre teve origem de jantares, onde colaboradores pagavam R$ 50 cada. – Ao contrário do Clube da Cidadnia, este relator sempre teve dificuldades para arrecadar fundos para campanha, principalmente de empresários. Porque muitas vezes estes fundos vem da política do "toma lá dá cá", coisa que eu não participo – completou Vieira.