| 09/11/2001 21h34min
O projeto de duplicação do trecho sul da BR-101 está deixando de ser uma constante fonte de dor de cabeça para as lideranças da região. Durante toda a semana, a missão do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) esteve reunida em Brasília, com técnicos do Ministério dos Transportes, para analisar o programa, fazer exigências e incluir sugestões. – Dependemos de um aceno positivo do BID. Com isso, as obras deverão começar no próximo ano – calcula o gerente do Programa do Corredor do Mercosul do Ministério dos Transportes, Carlos Alberto La Selva. Nesta sexta-feira, no intervalo dessa primeira rodada, o economista-sênior de projetos do BID, Charles Wright, falou rapidamente sobre o projeto. Ele não entrou em detalhes (a aprovação final à liberação dos recursos para a obra depende do diretório executivo do BID), mas revelou que esse é um projeto importante para o banco. Mesmo assim, a liberação do dinheiro não deve sair antes de cinco meses. Apesar desse prazo, a reunião desta sexta já discutiu os termos do edital para a licitação das obras a ser lançado em breve. Confira abaixo trechos da entrevista que Wright concedeu à Agência RBS. Agência RBS – Como foi a semana de análises do projeto? Charles Wright – O projeto é complexo, com 32 sítios arqueológicos. Há muitas questões ambientais, a maioria resolvida com sucesso. Sob os aspectos técnicos, é desenvolvido um bom projeto de engenharia. Há ainda outras questões técnicas a serem analisadas, como o papel da concessionária. Mas nós fazemos parte apenas da missão de análise do projeto. A única instância do banco que pode aprovar é o diretório executivo, a última etapa do processo. Agência RBS – Qual seria o prazo para a finalização do processo junto ao BID? Wright – O prazo não seria inferior a cinco meses. Agência RBS – Esse é considerado um projeto importante para o banco, uma vez que já houve a duplicação do trecho norte? Wright – Sim, esse é um projeto importante. Agência RBS – Na próxima semana, chega a equipe que tratará da análise das questões ambientais. Até que ponto essa segunda fase é importante? Wright – É uma etapa muito importante, que está relativamente adiantada. Tem sido feito um bom trabalho na resolução das questões ambientais, mas não podemos dizer que todas as questões estão resolvidas. Mas outro item que também é importante, e foi tratado nesta semana, é a análise institucional. O processo de instalação das agências e do Departamento Nacional de Infra-Estrutura Terrestre (Denit), que serão responsáveis pela execução de um projeto complexo, nos interessa. Agência RBS – Houve um impasse sobre o trecho do Morro dos Cavalos. O banco acompanhou esse processo? Wright – O banco tem acompanhado todos os aspectos. Mas eu não sou o ambientalista do projeto. As questões ambientais serão analisadas na próxima semana. • Fique por dentro do histórico da duplicação da BR-101 Sul
CAROLINA BAHIA / AGÊNCIA RBS© 2009 clicRBS.com.br ? Todos os direitos reservados.