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 | 03/05/2005 13h15min

Votação do referendo sobre armas deve ser adiada

Avaliação é do relator João Paulo Cunha

A votação do referendo impedindo o comércio de arma de fogo e munição no país deve ficar apenas para próxima semana. A avaliação é do próprio relator do referendo, deputado João Paulo Cunha (PT-SP).

Prevista para esta terça, dia 3, João Paulo acredita que a corrente contrária proibição, conhecida como bancada da bala, irá evitar ao máximo a votação. O ex-presidente da Câmara afirmou que ainda tentará conseguir apoio de seus colegas, mas não espera a votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta semana.

O Estatuto do Desarmamento, aprovado em 2003, prevê a realização da consulta popular em outubro deste ano. Caso não seja aprovado a tempo no plenário da Câmara, a permissão para venda de armas de fogo será mantida e enfraquecerá a nova legislação.

A bancada da bala, acusada pelos próprios colegas de fazer lobby para a indústria de armas, vem, por meio do regimento da Câmara, impedindo sistematicamente a votação da proposta. A desorganização da base governista, que tem atrasado as votações no plenário da Casa, é vista por alguns parlamentares como outro fator que contribui para a demora sobre o referendo.

Para João Paulo, no entanto, há condições de aprová-la em caráter definitivo até maio. O parecer do deputado prevê a seguinte pergunta sociedade: "O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?". 

As informações são  da agência Reuters.  


 
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