| 02/05/2005 21h45min
O Centro Simon Wiesenthal, importante organização judaica de direitos humanos, pediu na segunda, dia 2, aos ministros sul-americanos das Relações Exteriores que impeçam que a cúpula entre os presidentes da região e de países árabes dê aval à atuação de grupos extremistas.
Em comunicado, a organização não-governamental disse que "às vésperas da próxima Cúpula América do Sul-Países Árabes" pediu aos chanceleres sul-americanos "que não permitam uma declaração que possa ser interpretada como um aval tácito às atividades de grupos terroristas".
A reunião está marcada para os dias 10 e 11 de maio em Brasília. O Brasil, que organizou o encontro, e a Liga Árabe asseguraram no mês passado que a reunião não deve causar preocupação pois tem o objetivo de estreitar os laços econômicos entre duas regiões em desenvolvimento e não o de confrontar algum país.
No mês passado, Estados Unidos e Israel teriam se mobilizado, preocupados com a possibilidade de o encontro perder seu objetivo original e se tornar um fórum para criticar o Estado judeu e a política de Washington para o Oriente Médio. Sem dar detalhes, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, garantiu que o documento final do encontro tratará de questões econômicas, culturais e comerciais, além de assuntos como o terrorismo e o processo de paz no Oriente Médio.
No comunicado emitido a partir de Buenos Aires, local onde fica a sede regional da ONG, a entidade fez ainda um apelo a Amorim para que, em sua condição de anfitrião, “deixe bem claro que a cúpula não dará aval ao terror".
As informações são da agência EFE.
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