| 25/04/2005 08h19min
A edição desta semana da revista Época traz novas denúncias envolvendo o ministro da Previdência, Romero Jucá. A reportagem mostra que o ministro, como senador por Roraima, agiu em benefício da Frangonorte, empresa devedora da União e à qual, como estratégia de defesa, Jucá vinha alegando não estar mais vinculado quando operações fraudulentas foram realizadas.
Com base em documentos do Banco da Amazônia (Basa), a revista mostra que Jucá esteve em 26 de agosto de 1996 em uma agência do Basa em Boa Vista (RR) para tratar da liberação da última parcela de R$ 750 mil de um empréstimo que em valores atualizados totaliza R$ 18 milhões. A reportagem revela que Jucá está sendo cobrado por uma dívida de R$ 1,5 milhão da Frangonorte com o Banco do Brasil e que agiu junto ao Ministério da Fazenda, em 1997, para tratar das dívidas da empresa.
O destino de Jucá está nas mãos do procurador-geral da República, Claudio Fonteles, que deve tomar uma decisão até o final de maio. Fonteles pode sugerir a abertura de inquérito para ampliar a investigação ou oferecer denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Nesse domingo, dia 24,, no aniversário de 75 anos do senador José Sarney (PMDB-AP), Jucá esteve lado a lado com dois ministros do Supremo que poderão julgá-lo se as denúncias resultarem em um inquérito. Os ministros Carlos Ayres Britto e Sepúlveda Pertence dividiram mesa com Jucá e a mulher, Teresa Jucá, prefeita de Boa Vista.
– Foi alto astral – relatou Britto.
Sarney foi um dos 21 senadores do PMDB que assinaram moção de apoio a Jucá, indicado para o ministério pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), presente à comemoração desse domingo.
O ministro da Previdência, Romero Jucá, respodeu às acusações:
– Fui pessoalmente ao Basa em 1995 e um ano depois. Isso é fazer pressão? Duas vezes com intervalo de um ano? Estou muito tranqüilo, minha resposta virá do trabalho na Previdência.
As informações são do jornal Zero Hora.
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