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 | 25/10/2001 21h35min

Empresários afirmam que desconheciam existência do Clube da Cidadania

A CPI da Segurança Pública da Assembléia Legislativa ouviu nesta quinta-feira os depoimentos de mais dois empresários que teriam feito doações para o Clube de Seguros da Cidadania, segundo o presidente da entidade, Diógenes de Oliveira. Ari Lima, representante da Lima Construções, e Décio Becker, ex-presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas do Estado, disseram categoricamente "desconhecer" a existência do Clube da Cidadania. Ari garantiu que fez uma única doação, de R$ 15 mil, em 15 de outubro de 1998, para ajudar na campanha de Olívio Dutra ao governo do Estado. O segundo depoimento da sessão seguiu a linha do primeiro. Décio Becker também disse não saber da existência do Clube da Cidadania, e informou que a doação, de R$ 10 mil, teria sido feita para ajudar "as obras sociais do governo do Estado". O deputado Ronaldo Zulke (PT) considerou os depoimentos comprovações de que o prédio do Clube não foi "comprado com nenhum dinheiro ilícito, mas sim com doações legais". Zulke referia-se à acusação de Jairo Carneiro, ex-tesoureiro do PT, de que o prédio teria sido adquirido "com dinheiro do jogo do bicho". Na CPI, Jairo Carneiro desmentiu a denúncia. Já de acordo com o relator da CPI, deputado Vieira da Cunha (PDT), os empresários foram "claros e objetivos". – Estamos comprovando que o dinheiro que o Clube da Cidadania insiste em dizer que é lícito foi obtido a pretexto de colaboração para a campanha eleitoral e o projeto do governo. O clube funcionou como um repassador de recursos usufruídos pelo PT.

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