| 15/03/2005 12h17min
Disponibilizar crédito para piscicultores e pescadores, negociar parcelamento e prorrogação de dívidas para a safra 2005/2006 e criar um fundo de amparo para quem não obteve crédito bancário. Essas são algumas das propostas emergenciais sugeridas pelo relatório Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap) sobre os impactos da estiagem na pesca. A falta de chuvas atinge há três meses o sudoeste do Paraná, oeste de Santa Catarina e noroeste do Rio Grande do Sul.
O documento foi entregue nesta segunda, dia 14, à Casa Civil e à comissão de Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional pelo gerente regional sul da Seap, Luiz Alberto Sabanay. De acordo com Sabanay, o documento avalia que a seca já acarretou prejuízo de R$ 60 milhões ao setor pesqueiro e aqüícola. As propostas sugeridas poderão ser incorporadas às medidas que o governo deve anunciar nos próximos dias.
O levantamento também analisa que cerca de 466 municípios e 25,9 mil aqüicultores dos três estados foram atingidos pela estiagem, sendo que a maior parte é de pescadores artesanais da Bacia do Rio Uruguai, onde cerca de 5.130 pescadores estão com até 45% da produção comprometida.
A seca na região Sul do país é pior da região nos últimos 40 anos. A estiagem atingiu 80% dos municípios do Rio Grande do Sul, 30% de Santa Catarina e 10% do Paraná. A maioria deles já decretou situação de emergência. O governo estima que os prejuízos são da ordem de R$ 6 bilhões na economia dos três estados.
As informações são da Agência Brasil.
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