| 11/03/2005 11h30min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou a cúpula do governo para discutir a seca que atinge o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No encontro desta sexta, dia 11, o pacote de medidas está sendo analisado no Palácio do Planalto.
A reunião conta com a participação os ministros da Agricultura, Roberto Rodrigues; da Fazenda, Antonio Palocci; da Casa Civil, José Dirceu; da Secretaria-geral da Presidência, Luiz Dulci, além de técnicos da União.
O governo pretende atuar em três frentes: abastecimento de água, refinanciamento agrícola e crédito emergencial para famílias de baixa renda. O desafio é compatibilizar a avaliação dos prejuízos com a falta de dinheiro para implementar medidas.
Há cinco meses não chove na região. No Rio Grande do Sul, 419 municípios já decretaram situação de emergência. No entanto, o Ministério da Integração Nacional informou que os pedidos de ajuda feitos pelas cidades atingidas pela seca na região ainda estão sob avaliação.
Na quinta-feira, uma comissão coordenada pela Casa Civil visitou municípios de Santa Catarina. No mesmo dia, a Casa Civil também recebeu integrantes do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), ligado à organização Via Campesina, para debater sobre a estiagem na região, em especial no Rio Grande do Sul.
Para aliviar os prejuízos dos agricultores familiares, o Ministério do Desenvolvimento Agrário prorrogou por 55 dias o pagamento da segunda fase do Bolsa-Seca Sul, uma vez que cerca de dois mil pequenos agricultores ainda não foram a uma agência do Banco do Brasil para receber o benefício.
A bolsa, no valor de R$ 300, é dada a quem não teve acesso ao crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), tem renda mensal média de até dois salários mínimos e perdeu no mínimo metade da safra. Mais de 54 mil agricultores da região Sul já receberam a ajuda.
Com informações da Rádio Gaúcha e da Agência Brasil.
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