| 08/03/2005 23h51min
O presidente boliviano, Carlos Mesa, disse nesta terça, 8, que vai continuar no cargo, apesar de seu pedido de renúncia em meio a protestos que paralisaram partes do país. A saída de Mesa foi rejeitada pelo Congresso boliviano.
– Eu estou disposto a continuar trabalhando com o Congresso, disse Mesa durante sessão noturna no Parlamento.
O presidente do Congresso, Hormando Vaca Díez, informou que os parlamentares chegaram a um acordo com Mesa para que ele se mantenha no cargo, desde que o Legislativo lhe garanta um "acordo diante da nação" de governabilidade. Durante toda a tarde, milhares de pessoas se mantiveram às portas do Congresso pedindo que Mesa continuasse na presidência.
Desde segunda à noite, autoridades do Poder Executivo da Bolívia reúnem-se com os deputados para negociar as condições de permanência de Mesa no cargo. O presidente solicitou, para continuar governando, uma Lei de Hidrocarbonos que não seja inviável ao país e que acabem os bloqueios nas estradas.
A crise institucional da Bolívia ocorre 15 meses depois da renúncia do presidente Sanches de Lozada, causada por uma violenta convulsão social que provocou 56 mortes. Mesmo depois do anúncio de Carlos Mesa, as greves e protestos continuam por todo o país. As manifestações pedem desde novos fornecedores de água potável até a convocação de uma Assembléia Constituinte.
Com informações da agência Reuters e da agência AP.
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