| 03/03/2005 14h40min
A DuPont do Brasil faturou em 2004 cerca US$ 850 milhões, um crescimento de 20% em relação a 2003. O levantamento leva em conta apenas os negócios atuais da empresa, já que 2004 foi o primeiro ano em que a multinacional não atuou no setor de fibras têxteis no país. De acordo com o presidente da DuPont, Ricardo Vellutini, as vendas foram impulsionadas pelo segmento de Agricultura e Nutrição, responsável por 50% do faturamento e que cresceu 20% no ano passado.
Na área de Agricultura e Nutrição, 50% das vendas foram registradas pelos defensivos agrícolas, com destaque para os produtos da linha Ally, utilizados na proteção do plantio do arroz, e Classic, destinados à soja. Para 2005 a expectativa é de que o agronegócio continue impulsionando as vendas de sementes e defensivos agrícolas, apesar da queda do preço dos grãos de milho e soja.
Com a venda da divisão de fibras têxteis realizada no ano passado o foco da empresa migrou para o setor de biotecnologia. A mudança teve início em 1999, quando a multinacional adquiriu a Pioneer Hi-Bred International, a maior empresa do mundo no ramo de sementes agrícolas. Outro passo em direção ao agronegócio foi a aquisição da Griffin LLC, fabricante de produtos agrícolas, e uma joint venture global com a Bunge que resultou na Solae Company, produtora de ingredientes especializados para a indústria alimentícia.
Para 2005 a DuPont aguarda a aprovação da Lei de Biossegurança, em tramitação no Congresso Nacional, para iniciar a produção de sementes geneticamente modificadas, já desenvolvidas pelo grupo no exterior. O interesse da DuPont na área agrícola também é resultado de um outro investimento da multinacional: fibras vegetais. Desde 2000 a empresa investe em um produto chamado Sorona, um tecido à base de amido de milho. A venda em escala comercial da tecnologia está prevista para 2006 nos Estados Unidos.
Os investimentos da DuPont do Brasil em 2004 somaram US$ 40 milhões, sendo US$ 30 milhões no segmento de sementes. Para este ano a previsão é aplicar US$ 7 milhões na unidade de Camaçari (BA), voltada para a produção agrícola. Segundo Vellutini, o Brasil é visto pela DuPont global como uma oportunidade de crescimento dos negócios. Atualmente a multinacional possui 12 unidades e dois centros de pesquisas no Brasil, emprgando 3,5 mil pessoas.
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