| 01/03/2005 09h48min
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, reagiu às críticas feitas por parte dos ruralistas às vistorias das propriedades rurais iniciadas na semana passada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Rio Grande do Sul. Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, nesta terça, dia 1°, Rossetto salientou que não é correta a vinculação do problema da estiagem à hipótese de comprometimento da análise da produção. A seca é o principal argumento dos ruralistas no esforço de adiar as vistorias. Apesar das manifestações contrárias, o ministro disse que as fiscalizações vão continuar a ser feitas com sobriedade e com respeito aos proprietários.
– As vistorias revelam o volume do trabalho investido na propriedade. É uma missão institucional, faz parte de uma exigência de legalidade, e não há nada que justifique nenhum ambiente de conflito – disse.
Assim como o governo fiscaliza as questões previdenciárias, de trabalho, também é uma responsabilidade do Estado vistoriar a função social das grandes propriedades, conforme o ministro
– Estamos respeitando os proprietários, e vamos cumprir uma missão institucional e legal – afirmou.
De acordo com o ministro, as vistorias são um procedimento normal, e que o grande problema no Estado é a questão da seca. Para Rosseto, a estiagem é uma situação gravíssima, que envolve inclusive parte urbana da população.
– Nós estamos trabalhando em cima do seguro da agricultura familiar, de tal forma que os nossos agricultores vinculados ao Pronaf que tiverem perdas não irão ficar devendo nos bancos – disse.
Segundo ele, no mês de maio o governo pretende assegurar esse ressarcimento aos agricultores. Além disso, o ministro falou sobre a importância da presença do presidente Lula no Estado. Rossetto anunciou que nesta semana pretende vir ao Estado para dar seqüência ao acompanhamento dos agricultores.
Sobre o problema agrário enfrentado no Norte do país, Rossetto acrescentou que há um problema gravíssimo de segurança pública, e que a prioridade é a vida da população. De acordo com ele, em um segundo momento, devem ser solucionadas as questões agrárias.
– O que eu quero informar que há uma determinação muito forte de combater essa situação, por isso, a presença das forças armas e da Polícia Federal – explicou.
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