| 24/02/2005 21h30min
Um levantamento feito em apenas 28 municípios catarinenses da regional Oeste da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri) mostra que os prejuízos com a seca já chegam a R$ 100 milhões.
O valor no Estado é muito maior – até esta quinta, dia 24, eram 91 municípios em situação de emergência e 19 com racionamento ou dificuldade de abastecimento em zona urbana. O município de São Carlos, no Extremo-Oeste, decretou estado de calamidade pública.
O engenheiro agrônomo do Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina (Icepa), Simão Brugnago Neto, disse que ainda não existe um número estadual de perdas. O levantamento deverá ser concluído na semana que vem, e o governador Luiz Henrique da Silveira irá entregar o balanço ao ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, no dia 4 de março.
O engenheiro agrônomo Flávio Pradella avaliou que um volume significativo de dinheiro vai deixar de circular na região Oeste. Essa situação causará menor movimento no comércio, descapitalização dos produtores e êxodo rural.
Pradela disse que muitos agricultores terão dificuldades de pagar financiamentos e manter as despesas da propriedade. Se não chover nos próximos dias, a situação da falta de água vai se agravar, pois os pequenos rios estão secando.
O gerente regional da Epagri, Valdir Crestani, informou que, que além de menor movimento econômico nos municípios, as prefeituras estão gastando até R$ 4 mil por dia para distribuir água.
Nesta quinta, representantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Santa Catarina (Fetaesc) entregaram ao governador, em Barra Bonita, uma pauta de reivindicações. Entre elas está o apoio na liberação do Proagro (seguro do governo federal), criação de um bônus de R$ 2 mil para famílias atingidas pela estiagem, através do Fundo de Desenvolvimento Rural, e auxílio no abastecimento de água.
Com informações do Diário Catarinense e da RBS TV.
Confira as fotos da estiagem em Santa Catarina.
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