| 17/02/2005 15h04min
A Frente Brasileira contra a Medida Provisória 232 entregou nesta quinta, 17, um manifesto aos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE) contra a MP. O texto prevê aumento de impostos para empresas prestadoras de serviço.
Os empresários levaram um documento assinado por 1,3 mil entidades. A frente reuniu cerca de 400 empresários no Congresso Nacional, num ato público de protesto contra a MP. Segundo o presidente da Associação Comercial de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, a medida trará conseqüências graves ao setor de empregos e serviços. Ele disse que a capacidade de negociação com o governo está encerrada, uma vez que a MP representa uma "traição" à sociedade, por ter sido editada sem nenhum tipo de negociação.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, por sua vez, disse que não descarta a negociação com o Executivo e defendeu mais debate em torno do assunto.
O presidente do Senado, Renan Calheiros, afirmou que a sociedade não pode ser prejudicada e que a manifestação realizada nesta quinta foi o primeiro passo.
– Haverá uma série de encontros que, inevitavelmente, vamos ter para discutir o assunto. Tem que se construir um acordo em torno da MP , disse.
O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, prometeu levar a reivindicação dos empresários ao presidente Lula, durante encontro, na tarde desta quinta, no Palácio do Planalto. Severino Cavalcanti informou que vai pedir ao presidente Lula um encontro com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, na próxima semana, para tratar do assunto.
As informações são da Agência Brasil.
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