| 10/02/2005 18h57min
O governador Germano Rigotto coordenou nesta quinta, dia 10, uma reunião de trabalho sobre a situação dos efeitos da estiagem no Rio Grande do Sul. Os órgãos envolvidos nas ações apresentaram ao governador o relatório das atividades realizadas para reduzir os prejuízos.
Será estudada a redução das horas de racionamento da água potável à população, mas a medida seguirá em vigor. A cada 72 horas, o governo fará encontros para a análise do que foi realizado e do que ainda falta fazer.
Segundo Rigotto, o quadro do abastecimento de água é grave nos municípios de Gravataí, Alvorada, Cachoeirinha e Viamão, na Região Metropolitana, e em Garibaldi e Nova Petrópolis, no interior. As medidas tomadas na última sexta, dia 4, ajudaram a reduzir os problemas. Foram destruídas 20 barragens irregulares ao longo do rio Gravataí e lacradas diversas bombas de irrigação. As ações resultaram na elevação de 1,5 metro no nível do rio.
Na reunião, em que estiveram presentes as secretarias de Obras Públicas e Saneamento, Meio Ambiente e Casa Civil, além da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), do Instituto Riograndense do Arroz (Irga), Batalhão Ambiental, Defesa Civil e representantes da Fiergs e Farsul, o governador Rigotto concluiu ser urgente a adoção de projeto "mais forte" de saneamento para os rios Gravataí e Sinos.
– Sobrevoei na semana passada o Gravataí e fiquei impressionado com o desvio irregular de água, que está sendo atacado, com o lixo e o lançamento de esgotos. Há uma total falta de cuidado com a preservação desse manancial. Existe pouca responsabilidade com o rio – lamentou.
Rigotto pediu a sua equipe de governo, a elaboração de um projeto de melhoria do sistema de açudes no Rio Grande do Sul. O propósito é reduzir a necessidade de captação de água diretamente dos rios, principalmente nos períodos de baixo ciclo de chuvas. Fez também um balanço das perdas dos produtores com as principais lavouras deste período. No milho, o prejuízo médio acumulado até agora é de 37%. Há diferenças entre as propriedades e regiões. Em algumas lavouras a perda foi de 80% a 90%, acentuou o governador. Na soja, o custo chega a 20% da lavoura.
– Mas temos perdas na bacia leiteira, na fruticultura, no fumo e no feijão – acrescentou.
Na orizicultura não há o registro de prejuízos. A Emater/RS acompanha diretamente as propriedades, levantando dados e auxiliando os agricultores com seguro a receber o benefício.
Em março o governador Rigotto deve anunciar a nova Política Estadual de Saneamento Ambiental para o Estado. As regras tratarão de questões como, por exemplo, o lançamento de lixo nos rios e o licenciamento para o uso de bombas de irrigação de lavouras.
As informações são do governo do Estado.
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