| 10/02/2005 15h58min
A proposta orçamentária para 2006 enviada ao Congresso dos Estados Unidos na última segunda, dia 7, pela administração de George W. Bush, prevê uma redução nos subsídios agrícolas da ordem de US$ 5,74 bilhões nos próximos 10 anos. As reduções aconteceriam a partir de 2006, quando os produtores deixariam de receber 3% dos US$ 19,053 bilhões pagos atualmente – o equivalente a US$ 587 bilhões.
Representantes da administração federal disseram que a proposta de orçamento para 2006 inclui um teto de US$ 250 mil nos pagamentos para cada agricultor, um valor 30% menor que os atuais US$ 360 mil, e acaba com brechas na lei que permitem multiplicar o pagamento dos subsídios. Bush também propôs uma redução de 5% nos pagamentos para a garantia de preços mínimos.
A Casa Branca está tentando reduzir o grande déficit orçamentário do país e, com a proposta, sinaliza que está disposta a restringir os programas de subsídios agrícolas se isso for necessário para fechar um acordo global na Organização Mundial do Comércio (OMC).
O debate do orçamento agrícola no Congresso americano deve ser intenso. Baixar os subsídios pagos aos grandes produtores tem sido um assunto de grande controvérsia no país. Grupos que são contra os programas de suporte dizem que eles apenas beneficiam grandes e ricos fazendeiros, já que os subsídios são pagos de acordo com cada tonelada produzida.
Conforme o portal Dow Jones, um estudo realizado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em 2003 concluiu que 6% dos maiores produtores receberam 30% dos pagamentos federais em 2001. O Environmental Working Group, uma entidade de Washington que critica os subsídios, calcula que 10% dos produtores receberam 72% do total de pagamentos realizados pelo governo federal entre 1995 e 2003. Esses números incluem assistência para desastres e conservação ambiental.
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