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 | 31/01/2005 16h13min

Ajuda ao tsunami e Yushchenko são cotados ao Nobel da Paz

Vencedor, divulgado em outubro, ganha US$ 1,4 milhão

Grupos que prestam ajuda às vítimas do tsunami ocorrido no Oceano Índico, o presidente ucraniano Viktor Yushchenko e um prisioneiro político chinês estão entre os cotados para serem indicados ao Prêmio Nobel da Paz de 2005. As indicações terminam nesta terça, 1º de fevereiro.

O Instituto Nobel, da Noruega, informou que as indicações têm de ser enviadas por carta ou email. O prêmio é decidido em outubro. O vencedor ganha US$ 1,4 milhão.

Especialistas acreditam que entidades assistenciais estão entre os favoritos por sua atuação após as ondas gigantes de 26 de dezembro, que mataram quase 300 mil pessoas da Indonésia ao Sri Lanka, num dos piores desastres naturais da história. 

– Se o prêmio for ligado ao tsunami, diria que talvez vá para a Save the Children ou a Oxfam, disse Stein Toennesson, chefe do Instituto de Pesquisa da Paz em Oslo.

Entre os grupos premiados na história do Nobel está o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que venceu em 1963, 1944 e 1917. Em 2000, o grupo Médicos Sem Fronteiras ganhou o Nobel da Paz.

Um parlamentar norueguês indicou o recém-empossado Yushchenko  pela chamada "Revolução Laranja" na Ucrânia.

– Ele arriscou a vida na luta pela democracia, disse Jan Simonsen, do Partido Democrata, de direita. No ano passado, Simonsen indicou o presidente dos EUA, George W. Bush, e primeiro-ministro britânico, Tony Blair. 

Agora, é ainda mais difícil prever o vencedor por causa do novo comitê de cinco integrantes, indicado pelo Parlamento norueguês, e que assumiu em 2003. O novo comitê ampliou a interpretação do conceito de paz ao dar o prêmio à ambientalista do Quênia Wangari Maathai em 2003. Foi a segunda mulher seguida a vencer. No ano anterior, o Nobel da Paz foi para a advogada iraniana Shirin Ebadi em 2003. Desde 1901, apenas 12 mulheres ganharam o Nobel da Paz. O comitê atual que decide o prêmio tem maioria feminina pela primeira vez. 

No espírito de lembrar de mulheres do Terceiro Mundo, um nome possível é o de Rebiya Kadeer, uma executiva de origem uigur que foi presa pelo governo da China sob a acusação de revelar segredos de Estado a instituições estrangeiras. O  grupo "Mil Mulheres para o Prêmio Nobel da Paz 2005" quer que o prêmio seja dividido entre mil mulheres de todo o mundo, incluindo professoras, artistas, agricultoras e políticas. Oficialmente, o prêmio só pode ser dividido entre três pessoas. Portanto, só três mulheres serão indicadas. Se vencerem, dividirão o prêmio com outras 997.

Indicados quase eternos são o papa João Paulo 2o., o ex-presidente tcheco Vaclav Havel e o Exército da Salvação. Parlamentares, ex-premiados, professores de história e filosofia e integrantes de tribunais internacionais estão entre os que podem fazer indicações.  

As informações são da agência Reuters.


 
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