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 | 30/01/2005 15h01min

Arroz mantém bom desenvolvimento no Rio Grande do Sul

Estiagem prejudica produtividade do feijão e milho

Os dias ensolarados e com temperaturas altas têm permitido um ótimo desenvolvimento do arroz no Rio Grande do Sul. O alerta dos técnicos da Emater/RS-Ascar para os orizicultores é sobre a possível falta de água para a irrigação, especialmente para os produtores que não dimensionaram as disponibilidades hídrica em relação à área plantada.

Conforme o levantamento semanal da Emater/RS-Ascar, em algumas localidades os produtores já estão racionando suas reservas, pois os níveis dos mananciais estão baixando com certa rapidez. A cultura se encontra com 70% na fase de germinação e desenvolvimento vegetativo, 24% em floração e 6% em enchimento de grãos.

Chegando próximo aos 80%, a colheita do feijão prossegue, apresentando problemas de redução de produtividade, especialmente nas áreas semeadas a partir do final de setembro e no mês de outubro. A lavoura se encontra nas fases de floração em 1% das áreas plantadas, 5% em enchimento de grãos, 16% maduros e por colher e 78% colhidos. Em relação à safrinha, que normalmente tem início de plantio em janeiro, a estiagem vem impedindo o preparo normal do solo o que pode levar a um atraso.

As produtividades que estão sendo alcançadas nas primeiras áreas colhidas com o milho em Ronda Alta e Palmeira da Missões, na região da Produção, áreas plantadas entre julho e agosto, estão entre 4,2 mil e 5,22 mil quilos por hectare, bem próximas as estimativas iniciais.

Essas médias deverão cair com a colheita das áreas que foram implantadas após a segunda quinzena de setembro até novembro do ano passado. As atuais fases da cultura no Estado encontram-se com 98% plantas, 20% em germinação e desenvolvimento vegetativo, 18% em floração, 32% em enchimento de grãos, 17% já maduros e por colher e 11% colhidos.

As condições climáticas da última semana, com precipitações no final e início do período, favoreceram o desenvolvimento da lavoura de soja em comparação a dezembro. As chuvas ocorridas, mesmo que irregulares, têm dado um mínimo de condições, especialmente no seu desenvolvimento vegetativo e início de floração. Mesmo que as plantas ainda sofram com o déficit hídrico, há condições de recuperação da cultura se as precipitações normalizarem. As lavouras de soja estão com 58% em fase de germinação e desenvolvimento vegetativo, 36% em floração e 6% em enchimento de grãos.

A ocorrência de chuvas esparsa em algumas regiões amenizou um pouco os efeitos da seca sobre os campos nativos e as pastagens cultivadas, apesar do sol forte, das altas temperaturas, dos ventos e da baixa umidade relativa do ar terem contribuído para elevar a evapotranspiração das plantas e agravar o problema. Os produtores seguem fazendo silagem do milho que foi perdido para colheita à estiagem. Além disso, seguem suplementando as vacas com capim-elefante, cana e o próprio pé de milho inteiro, cortado e fornecido no cocho juntamente com farelos e/ou concentrados. 

As informações são do governo do Estado do RS.


 
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