| 21/01/2005 09h01min
O Ministério da Agricultura divulgou nesta quinta, dia 20, um balanço que contesta a gravidade da estiagem no Rio Grande do Sul. Segundo o documento, de 20 de dezembro de 2004 a 15 de janeiro de 2005 não choveu tão pouco a ponto de caracterizar seca agrícola severa em muitas regiões.
Na região de Pelotas, por exemplo, o ministério diz que o total de precipitação no período foi de 81,2 milímetros, bastante próximo do considerado normal. Nas regiões de Santa Maria, Cruz Alta e Passo Fundo, o total foi bem mais baixo – 39,6 milímetros, 43,5 milímetros e 38,8 milímetros, respectivamente – mas, mesmo assim, não houve caracterização de seca agrícola severa. No Estado, a região mais afetada foi a de Santa Maria.
Segundo o balanço, as estiagens nessa região somente poderiam ter afetado lavouras de milho sem o uso de tecnologia adequada e em fase crítica de desenvolvimento.
Em Porto Alegre, o governador Germano Rigotto reuniu-se com o secretário da Agricultura, Odacir Klein, para avaliar o mapeamento da seca no Estado. O levantamento indica quebra de 29% no milho e de 21% no feijão. Nesta sexta o governador gaúcho irá sobrevoar municípios afetados pela estiagem na região Nordeste Colonial.
Não é apenas na agricultura que os efeitos da estiagem são sentidos. As três maiores regiões produtoras de peixe do Estado – os vales do Taquari, Caí e Rio Pardo – deverão ter queda de 30% na piscicultura. Com a falta de chuva, os açudes estão secando e os produtores têm de antecipar a despesca.
A falta de água mudou o cenário no interior de Roca Sales, no Vale do Taquari, município conhecido pela Fecarpa (feira bianual de peixes) e que foi o primeiro a decretar situação de emergência na região. Além das perdas nas lavouras de milho e soja, a piscicultura enfrenta problemas. Das 80 toneladas de peixes previstas, somente a metade será produzida. O prejuízo é calculado em R$ 140 mil.
As informações são de Zero Hora.
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