Os reservatórios que armazenam água para as hidrelétricas gaúchas estão com um nível médio 22,2% menor do que o mesmo período do ano passado.

– Apesar da queda no nível dos reservatórios, não há risco de desabastecimento de energia no Estado – garante o secretário estadual de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres.

Em 14 janeiro de 2004, o nível mais baixo era encontrado no reservatório Ernestina, no rio Jacuí, com 75,5% da capacidade. Este ano, o menor nível é de 45,7% no reservatório de Machadinho, no rio Uruguai.

– Esta diferença, apesar de grande, não é tão significativa ainda. Há uma alteração evidente devido à estiagem, mas nada que comprometa o fornecimento de energia por enquanto – afirma o secretário Andres.

O maior nível em 14 de janeiro do ano passado era de 90,7% no reservatório Passo Real, no rio Jacuí. Este ano, na mesma data, o nível mais alto está no reservatório Jacuí, com 85,6% da capacidade.  O aumento no acúmulo de água no reservatório Jacuí, porém, ocorreu após a chuva ocorrida no último domingo. Antes, a capacidade do reservatório estava em 61,3%.

O reservatório de Machadinho também foi beneficiado com a chuva, passando de 40,9% para 45,7% da sua capacidade. Na bacia do rio Jacuí, o reservatório de Ernestina passou de 58,9% para 60,7%. Contudo, os reservatórios de Passo Fundo e Passo Real, que armazenam água para as usinas hidrelétricas do Passo Real, Jacuí, Itaúba e Dona Francisca (pertencentes à CEEE), não apresentaram modificações, permanecendo em 62,5% e 65,9% das suas capacidades, respectivamente. Reservatórios com capacidade acima de 40% não oferecem risco de desabastecimento de energia.

Segundo Andres, as gerações hidráulica e térmica não apresentaram desvios significativos em relação aos valores programados em toda a Região Sul, conforme dados colhidos junto ao Operador Nacional do Sistema (ONS) nesta sexta, dia 14. Porém, o recebimento de energia do sistema interligado pela região foi superior ao valor programado.

As informações são do governo do Estado.