A falta de informações sobre mortos e feridos e o congestionamento nas linhas telefônicas estão deixando a comunidade brasileira que vive nos Estados Unidos em pânico depois dos atentados terroristas contra Nova York e Washington. O técnico em telecomunicações Sérgio Pires, 35 anos, há mais de 10 anos em Chicago, afirma que o medo tomou conta da população. Pires chegou às 9h para trabalhar no escritório da Focal, uma empresa de telefonia com sede nas principais cidades norte-americanas, e recebeu ordem para voltar para casa. A Focal em Chicago fica ao lado da sede do departamento de trânsito do Estado de Ilinois, perto da Corte e de um escritório do FBI – todos possíveis alvos de novos ataques. – Tenho muitos amigos que vivem em Nova York, um deles trabalha no World Trade Center (os dois prédios gigantes que foram atingidos por dois aviões terroristas). Estou muito preocupado porque ainda não consegui falar com nenhum deles – disse Pires. Outro brasileiro que se mudou para os Estados Unidos há apenas uma semana, Rodrigo Romeu, conta que o clima em Chicago é de comoção e alerta. Na empresa de publicidade onde trabalha, Comark, os funcionários continuam trabalhando, mas não deixam de acompanhar os atentados pelos noticiários de rádio, televisão e Internet em nenhum momento.