| 11/01/2005 13h52min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância da Usina Hidrelétrica de Monte Claro, em Veranópolis, no desenvolvimento do país. Segundo ele, a obra atende necessidades prementes, mas é importante no projeto de investimento a ser realizado em infra-estrutura, especialmente no setor de geração de energia elétrica.
Lula acionou na manhã desta terça, dia 11, a primeira turbina da hidrelétrica, que tem capacidade para gerar 65 megawatts, o suficiente para abastecer uma cidade de 180 mil habitantes. O presidente falou sobre o licenciamento ambiental do complexo, que será exemplo para outros empreendimentos, e sobre incremento na economia dos municípios da região. Apenas em Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN), os sete municípios que abrigam o projeto arrecadarão R$ 4 milhões, exemplificou.
– Esta usina não é importante somente para o Rio Grande do Sul, mas para o país. É parte de conjunto de 12 empreendimentos que entram em operação ainda neste ano, e que aumentará em mais de 4% a capacidade instalada, disse.
Lula aproveitou para lançar um desafio aos empresários:
– Vocês precisam acreditar no Brasil, atuar no desenvolvimento do país por meio das Parcerias Público Privadas (PPP), projeto aprovado pelo Congresso depois de um ano e dois meses de tramitação.
O complexo energético da serra gaúcha, que ainda terá duas outras unidades até 2007, instalado pela Companhia Energética Rio das Antas (Ceran) tem espírito das PPPs, embora tenha sido iniciado antes que fosse estruturada a legislação.
– A iniciativa privada tem a maior participação, mas existe a presença do Estado – afirmou o diretor superintendente da Ceran, Paulo Zuch.
O governador Germano Rigotto comemorou a inauguração da hidrelétrica.
– Atraímos 145 novas indústrias de médio e grande porte para o Estado. Isso significa progresso, mas também demanda de infra-estrutura, especialmente de energia, disse.
A cerimônia de inauguração teve também a presença dos ministros de Minas e Energia, Dilma Rousseff, e do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, do presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Jr, entre outras autoridades.
Em fevereiro, com o acionamento da segunda máquina, a hidrelétrica terá capacidade para produzir 130 MW. No total, o complexo, que ainda inclui as unidades de Castro Alves e 14 de Julho, gerará 360MW.
O total de energia gerado pelas três usinas está contratado por mais de 20 anos pela CPFL Geração e pela CEEE e corresponde a cerca de 10% do consumo total do Estado. Embora quase 70% da geração esteja contratada pela CPFL, empresa de São Paulo, a localização do complexo reforça o sistema elétrico do Rio Grande do Sul. Também gera ganhos para o Estado e para os municípios envolvidos. O governo gaúcho ainda festeja o fato de reduzir a compra de energia do sistema interligado, aumentando a circulação de recursos dentro do Rio Grande do Sul.
Com informações de Zero Hora, Rádio Gaúcha e TVCom.
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