| 10/01/2005 20h52min
A estiagem, que este ano chegou mais cedo no Rio Grande do Sul, colocou 99 municípios em situação de emergência e já atinge cerca de 150 mil famílias de agricultores gaúchos. Esta está sendo avaliada pelo setor como a pior seca dos últimos 20 anos.
Nesta segunda, dia 10, um encontro na delegacia regional do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) reuniu representantes do governo federal, agricultores, entidades de crédito e Emater. Os produtores sugeriram mudanças no novo Proagro, intitulado Proagro Mais. O seguro agora garante renda de até 65% do lucro líquido da lavoura (limitado a R$ 1,8 mil), além do valor para cobrir o financiamento.
A Federação dos Trabalhadores na Agricultora do Rio Grande do Sul (Fetag) pediu que, na próxima safra, fosse aumentado o índice de produtividade média utilizado para medir o rendimento das lavouras. De acordo com a Fetag, no caso do milho, o índice prevê produtividade média de 50 sacas (60 quilos) por hectare, enquanto alguns agricultores produzem cem sacas por hectare. O gerente de agronegócios do Banco do Brasil, José Mauro Alves, explicou que o índice depende do grau tecnológico do produtores e varia de município para município.
Segundo cálculos da Fetag, a maior perda está na safra de feijão – 55% da lavoura está perdida. A situação é semelhante com o milho, que registra perda de 40%. Pelo menos 20% das culturas de uva e soja também estão prejudicadas. A produção de leite registra queda de 26%. A esperança do setor reside nas previsões para fevereiro, que não deve ser um mês tão seco. No verão passado, 390 municípios ficaram em estado de emergência.
Com informações do jornal Zero Hora e Rádio Gaúcha.
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