| 09/01/2005 15h43min
A Terra ainda está sofrendo vibrações do forte terremoto perto da Indonésia que causou o tsunami há duas semanas, disseram neste domingo, dia 9, pesquisadores australianos.
A Universidade Nacional Australiana (ANU) disse que as reverberações são similares em forma ao badalar de um sino – apesar de não emitirem som – e foram registradas por instrumentos que monitoram a gravidade.
– Não são coisas que vão derrubar alguém da cadeira, mas são coisas que os instrumentos que estão instalados ao redor do mundo podem medir rotineiramente. Está certamente acima do nível comum de vibrações que a Terra está normalmente acostumada a ter – disse Herb McQueen, pesquisador do departamento de Ciências da Terra.
A magnitude de 9.0 do terremoto, o mais forte em 40 anos, foi registrada perto da costa da ilha de Sumatra em 26 de dezembro. O tsunami gerado matou mais de 156 mil pessoas. McQueen disse que a oscilação está diminuindo e que os níveis atuais são iguais a cerca de um milímetro do movimento vertical da Terra.
Imediatamente depois do tremor a oscilação provavelmente estava entre a variante de 20 a 30 centímetros gerada tipicamente na Terra pelos movimentos do Sol e da Lua.
– Ainda podemos ver um sinal contínuo da vibração da Terra como resultado do terremoto de duas semanas atrás. Parece que continuará oscilando por diversas semanas – disse o pesquisador.
O instrumento de medição da gravidade da ANU está instalado em um porão à prova de fogo no Observatório de Mount Stromlo, perto de Canberra, e é parte do projeto de geodinâmica global estabelecido após grandes terremotos nos anos 1960.
Cientistas dos EUA disseram logo depois do terremoto que ele pode ter acelerado a rotação da Terra de maneira permanente – encurtando os dias em uma fração de segundo – e causado uma inclinação do planeta em seu próprio eixo.
Richard Gross, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa na Califórnia, teorizou que uma mudança da massa em direção do centro da Terra durante o terremoto acelerou o planeta em três milionésimos de segundo, que se inclinou cerca de 2,5 centímetros em seu eixo.
As informações são da agência Reuters.
As informações são da agência Reuters.
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